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Nova Itanhaém
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Riso


História
História

Capítulo I
1- Época da Fundação
    Em 1553, o alemão Hans Staden naufragou em Itanhaém, e ficou nove meses na aldeia do cacique Cunhambebe, na região de Mangaritiba, Rio de Janeiro. Ele mesmo participou de uma expedição de canoa até Bertioga, em São Paulo, para capturar inimigos. Mortos e feridos foram devorados no campo de batalha e durante a retirada. Os cativos foram levados para a aldeia, para que as mulheres pudessem participar do ritual antropofágico.  
     Os índios praticam o que chamamos de economia de subsistência. Esse tipo de economia consiste na exploração e administração dos recursos materiais de um território com o objetivo apenas de satisfazer as necessidades básicas de sobrevivência. Assim, não havia a preocupação de conseguir mais recursos do que aqueles realmente necessários, e em cada aldeia era alto-suficiente. Esses grupos humanos viviam da agricultura, da coleta de frutos e plantas silvestres, de mariscos e ostras, além da caça e pesca. A mandioca era à base da alimentação em grande parte do litoral. Ao sul do Brasil, o milho representava o alimento mais importante. Os vários utensílios permitiram a execução das atividades de sobrevivência. As diferenças na realização das tarefas eram determinadas pelo sexo e pela idade dos integrantes de uma tribo. Os homens derrubavam árvores, abrindo clareiras, caçavam e pescavam. Preparavam objetos de pedra e madeira para a realização dessas tarefas. As mulheres plantavam, faziam cerâmicas e cuidavam da preparação da mandioca, que era transformada em bebida e em farinha. Esse trabalho com a mandioca ainda hoje é executado no interior do Brasil que consiste em ralar as raízes da mandioca, espremer a massa para extrair o suco do qual é feita a bebida fermentada, a massa é torrada e transformada em farinha ou bolos. A bebida feita de mandioca era chamada de cauim e a do milho chicha. Nas grandes festas que se realizavam, tomava-se muito dessa bebida.  
     Os indígenas conheciam muito bem o seu território, o que foi de grande utilidade para os europeus. Somente a partir das suas informações é que os portugueses puderam confeccionar mapas de territórios recém-descobertos. Além de caminhar muito, os índios eram bons navegadores e se deslocavam rapidamente por extensas regiões. Fabricavam canoas de grandes dimensões que carregavam uma grande quantidade de guerreiros. Assim, os índios chamados genericamente de tupis e guaranis eram os senhores de todo o litoral na época da chegada dos europeus. Os moradores mais antigos, cuja presença é evidenciada em sítios arqueológicos de toda a costa paulista, já tinham sido por eles expulsos para o interior; os tupis-guaranis tinham atingido esse modo de vida desde aproximadamente o ano 500 da nossa era - o que significa que a sobrevivência dessa cultura existe por mil anos - até a chegada dos europeus.  
     Nos primeiros encontros, a relação entre portugueses e índios era amistosa e baseada no interesse pela troca de mercadorias. As mercadorias europeias eram dadas como forma de pagamento pelo trabalho indígena. Cortar e carregar madeira, ou animais, até os navios valia um chapéu, uma camisa ou uma ferramenta. A relação entre as duas culturas começou a mudar a partir do momento em que aumentou o interesse europeu pela exploração da nova terra e houve necessidade de mais trabalho indígena. Os índios, que antes se ofereciam para buscar madeira e se divertiam com a troca de mercadorias, passaram a ser obrigados pela força a realizar aquela tarefa.  
     O rei de Portugal, que, em 1530, era D. João III, começou a ficar preocupado com as repetidas visitas dos franceses, que agiam como se fossem donos da terra. Assim, levado pela preocupação de garantir o seu domínio, o governo português começou a mudar de atitude. Houve então a decisão de iniciar a colonização do Brasil, com a criação de povoados e vilas, além da construção de engenhos e forcas. Dessa vez, o objetivo era se estabelecer definitivamente e não apenas frequentar a costa para trocar mercadorias. Para fazer isso de forma mais rápida, o rei dividiu a terra do Brasil em grandes territórios, a serem doados a homens da nobreza de Portugal que tivessem espírito de aventura, dinheiro e disposição para construir uma nova vida, além de estarem acompanhados de uma grande quantidade de marginais recolhidos na Europa. Essa divisão de terra foi feita ignorando-se as nações indígenas existentes em toda a extensão da costa brasileira. As grandes faixas de território se estendiam para o interior, ainda desconhecido dos portugueses. Foi um loteamento realizado a partir do litoral, sem considerar os habitantes nativos. Nesse momento ocorreu uma mudança radical na relação entre portugueses e índios, pois a terra passou a ser objeto de disputa e o trabalho indígena tornou-se obrigatório. Esse processo de mudança foi se intensificando conforme o grau de contato entre as duas culturas. Houve, assim, em um primeiro momento, a troca de mercadorias de baixo valor por madeira e outros produtos. Depois, as mesmas mercadorias passaram a ser dadas em pagamento ao trabalho realizado pelos índios, que foi se tornando cada vez mais intenso, e, finalmente, o trabalho indígena passou a ser obrigatório, já que era necessário para a manutenção dos portugueses na nova terra. Essa mudança significou a substituição do escambo pela escravidão.  
     Os índios fugiram então para o interior, deixando suas antigas casas, para escapar dos trabalhos forçados e da situação de escravidão. Para se defenderem, começaram a ter com os portugueses uma relação de guerra, que tinha como objetivo a defesa do território.  
1.1- As Capitânias Hereditárias e da Conceição de Itanhaém
     As Capitanias Hereditárias não constituíam uma experiência nova. Haviam sido usadas como sistema de colonização nas Ilhas da Madeira, Açores, Cabo Verde e São Tomé. As Capitanias compreendiam no Brasil, grandes áreas traçadas paralelamente, limitadas ao oeste pela linha demarcatória do Tratado de Tordesilhas e a leste pela costa do Oceano Atlântico. A Coroa transferia ao Donatário das Capitanias, geralmente pertencente à nobreza, muitos de seus direitos reais a troco de alguns tributos. As relações entre Donatário e Coroa eram estipuladas em contrato denominado foral.
     A Capitania era hereditária, inalienável e indivisível. Os donatários não eram proprietários de suas Capitanias. Através de cartas de doação e dos forais, não recebiam a propriedade da terra e sim grandes poderes políticos, judiciários e administrativos, e vantagens econômicas. O sistema geral das Capitanias foi desenvolvido quando D. João III criou 14 Capitanias para 12 donatários. A desproporção explica-se pelo fato de Martim Afonso de Sousa e seu irmão Pêro Lopes de Sousa haverem recebido cinco lotes que perfaziam 180 léguas da costa.
     Adentrando a Baía de São Vicente, a esquadra de Martim Afonso fundeou o Porto das Naus no dia 22 de janeiro de 1532. Após a ocupação das terras houve a natural exploração da região, tendo expedição marítima costeado o litoral rumo ao sul das terras, aportando em Itanhaém no dia 8 de dezembro de 1532 e no ano seguinte nova expedição, desta vez por terras, comandada por Pedro Namorado e posse em nome de Martim Afonso de Sousa, bem como instalação de artilharia para defesa contra ataques de piratas, que, conforme informa Benedito Calixto em sua "Planta Topográfica da Villa de Itanhaém em 1614" havia materiais e equipamentos de artilharia para a defesa da Vila de Conceição de Itanhaém no morro do Sapucaitava, onde localiza vários pontos interessantes como o Porto dos Jesuítas, que servia de entrada para a escadaria do Convento, partindo do leito do rio Itanhaém. Logo após a fundação de São Vicente, Martim Afonso de Sousa, em 1532 costeou com sua frota o Litoral Sul, fazendo o reconhecimento do rio Itanhaém e em seguida do Mar Pequeno, atingindo a região de Cananéia. Consta que a população aqui encontrada, os itanhaéns, preferia para sua moradia a localidade denominada mais tarde de Aldeia do Abarebebê, onde a caça era mais abundante e não havia o problema de travessia de rio caudaloso. Voltavam à região da hoje Itanhaém apenas eventualmente, quando escasseava a caça e então recorriam aos moluscos retirados dos costões de pedras.
     1.2- A Igreja e Colégio dos padres - O Colégio São João Batista foi erguido em um pequeno outeiro, a um quilometro da praia, com paredes e pedra e cal, formando a Igreja e Colégio dos padres. Até o século XIX notava-se vestígios da ladeira em degraus que ia ter no antro da igreja; a porta de entrada e fachada do edifício voltados para o nascente e dominando a praia; o púlpito, a pia batismal de pedra em um postigo encravada na parede; o lugar de dois altares colaterais e a abertura do arco-cruzeiro que dava acesso à capela-mor. Daí se divida em forma de "T", com amplas galerias, onde eram a sacristia e colégio.
     1.3- A Capitania de Conceição de Itanhaém - A Capitania de Itanhaém foi fruto de acirrada pendência entre os herdeiros de Martim Afonso de Souza e seu irmão Pêro Lopes de Souza, sendo criada em 6 de fevereiro de 1624.
     Foi a Condessa de Vimieiros, Dona Mariana de Souza Guerra, casada com D. Francisco de Faro, o Conde de Vimieiros, repelida da sua Vila Capital de São Vicente, bem como de Santos, São Paulo e de Mogi das Cruzes - eram estas as Vilas que estavam eretas neste tempo em Serra acima. Vendo-se assim, a Condessa de Vimieiros, fez então, Cabeça de Capitania, a sua antiga Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, e, para governarem esta nova Capitania de Itanhaém. O primeiro Governador e Ouvidor da Capitania de Itanhaém em nome da Condessa de Vimieiros, o Capitão João Moura Fogaça, o qual governou com ampla jurisdição até a Cidade de Cabo Frio, desde o ano de 1624 até o de 1645, em nome da referida Condessa. Serviu de Matriz a ermida no alto do Itaguaçu até 1639, momento em que se deu início à edificação da nova Matriz, também de barro, dedicada então a Sant' Ana. Foi a nova Matriz, porém, edificada abaixo do outeiro em terreno onde se estendera o povoado (indicação de que o período de insegurança da conquista propriamente dita, sucedera o de assentamento da povoação já assegurado um domínio mais pleno da região).   
     Com a instalação da Capitania de Itanhaém, a vila progrediu muito com a descoberta de ouro, mas logo caindo em declínio devido às lutas dos herdeiros de Martim Afonso de Souza, o Conde Monsanto e a Condessa de Vimieiros, netos do fundador e primeiro donatário da Capitania de São Vicente (subdividida em Capitania de São Vicente) compreendendo as vilas de Santo Amaro, Piratininga, Santos e São Vicente, mais a região que se estendia pelo interior do hoje Estado de São Paulo, ficando para a Condessa, a Capitania de Itanhaém, que compreendia a região litorânea de Cabo Frio até a ilha de Santo Amaro (Guarujá), e as vilas de Itanhaém, o já abandonado Colégio São João Batista, estendendo-se pela região de Iguape, Cananéia, indo até Paranaguá. Outro motivo do declínio das Capitanias foi à descoberta de ouro nas terras das Gerais, as Vilas Paulistas, principalmente as mais modestas, sofreram o êxodo de grande parte de seus habitantes e Itanhaém não foi à exceção.  
     De 1635 até 1763 a extração do ouro atingiu muitas arrobas nas minas de Ribeira de Paranaguá. Nessa época próspera, com o ouro extraído da Capitania dos Condes de Vimieiros, foi confeccionada a coroa que cingiu a imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Capitania. A 20 de outubro de 1700 a Vila de Nossa Senhora da Conceição é elevada a Município. Em 1711, D. João V, para pôr termo ao litígio e intrigadas demandas entre os herdeiros de Martim Afonso de Souza e os de Pêro Lopes, reuniu então, as terras e Capitanias em litígio aos domínios da Coroa.   
1.4- O Pós Capitania
     Conceição de Itanhaém foi elevada à sede de Município por Carta Régia de 20 de Outubro de 1700. Em meados de 1830, o Convento era vasto e de sólida construção. Os frades, sentindo a decadência devido ao êxodo da maior parte da população da Vila para o interior, atraídos pela fama das descobertas de minas de ouro e de pedras preciosas, escasseou por completo as rendas do Convento, o que levou os frades a irem, por sua vez, a outros lugares.
     Quanto às terras do Pasto e do Rocio Municipal, o intuito do guardião Frei Antonio de Santa Mafalda, que foi guardião do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém durante o período de 1813 a 1818, segundo os Anais Franciscanos, requerendo em 18....(?) a certidão das terras do Rocio, está claro (embora a documentação não o diga), era regular essas divisas com a Câmara Municipal de Itanhaém, não só dos terrenos das Senzalas e do mais que confinava com as terras do Rocio, no pátio do Cruzeiro e da Matriz de Sant' Ana, até a fonte da Mãe Benta, como também os fundos desse perímetro, as terras do Pastor pertencentes ao Convento.
     Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Itanhaém, realizada em 10 de julho de 1829, presidida pelo padre João Batista Ferreira, vigário paroquial, com a presença dos vereadores Francisco Mariano Soares, alferes Joaquim José de Sobral, Antônio Luiz de Andrade, Capitão Mor Antônio Gonçalves Neves, Antônio Pedro de Gusmão e Capitão João Antônio de Paula Oliveira, o referido presidente, entre outras indicações, propôs o seguinte: " havendo notícia que de um caderno antigo da Câmara de Itanhaém constava que esta tinha duzentas braças em quadra doadas por Pedro Martins Namorado (a quem se atribui o apartamento na região), para o Rocio desta Vila, as quais foram demarcadas, como consta do Termo que se acha nesse caderno às folhas vinte e seis verso, mas esta demarcação se achava em completo esquecimento, razão pela qual exigia que a Câmara tirando por documento o translado deste termo requeresse conforme a Lei ao Juiz Territorial nova medição e demarcação, e, sabendo até onde se estende os seus limites, exigisse alguma compensação dos que deste terreno se quisessem utilizar, o que entrando em discussão assim se liberou ".
     A transcrição na íntegra, dessa peça de inestimável valor para fins cadastrais do patrimônio imobiliário municipal, em virtude de se tratar de importante título testemunhal da formação desse patrimônio, além do que, encerra como documento interessante do nosso passado:
     " Registro de um Termo de medição das terras do Rocio que fizeram os oficiais da Câmara desta Villa. Aos dois dias do mês de Novembro de mil setecentos e treze anos, nesta Villa de Nossa Senhora da Conceição Capitania do Conde da Ilha do Príncipe, e dela donatário por S.M. que Deus Guarde & Nesta Villa dita Villa estando juntos os Oficiais da Câmara todos juntos abaixo assignados e mais adjuntos com as testemunhas abaixo assignadas, medirão duzentas braças de terra por uma corda de vinte braças caravelas de dez palmos, começando da última terra firme que no apontamento da data de Pedro Martins Namorado o era, correndo da dita terra firme para o Nascente até encher as ditas duzentas braças; outras duzentas que correrão do jundú serão dentro até chegar onde finam ao ditas duzentas braças e, desta sorte quadrarão as ditas duzentas braças que deixou o dito Pedro Martins Namorado para Rocio desta Villa donde se pôs o marco de Pedra com duas testemunhas em cada ilharga, ao pé de um pó de Canela que tem treze galhos, que comeram logo do pé, e desta sorte ouviram as ditas terras por medidas demarcadas do que fiz este Termo em que assignarão os medidores que debaixo do Juramento a medição e mais adjuntos com os ditos oficiais da Câmara e as testemunhas de que fiz este Termo, eu, Antônio Alves Marques, Escrivão da Câmara o escrevi ".
     O documento foi assinado por Francisco James Correa, André de Fontes, Antônio Soares Chaves, José de Fontes, Antônio de Aguiar Fontes, Domingos da Costa Pereira, Domingos Soares Chaves, João Gago de Souza, Felipe de Aguiar, conforme Livro de Registros da Câmara de Itanhaém, conforme folha 77. Pedro Martins Namorado, doador do imóvel, foi personagem famoso dos tempos coloniais tendo colaborado decidida e eficientemente com Estácio de Sá na expulsão dos franceses no Rio de Janeiro, tendo anteriormente exercido o cargo de Juiz Pedâneo da Vila de Conceição de Itanhaém.
     A cidade teve importância durante a Guerra do Paraguai, com a instalação da Rede de Telégrafo Nacional, durante o Segundo Império, trilha hoje que ainda se conserva na Reserva Ecológica da Juréia, quando postes de telégrafo carcomidos pela ferrugem se misturam à mata espessa, seguindo a costa, rumo ao sudoeste.               
1.5- Símbolos:  O Brasão de Itanhaém
     O escudo clássico flamenco-ibérico, apelidado também de escudo português, lembra no brasão a herança recebida pela heráldica brasileira da nação colonizadora, principal formadora da nacionalidade.  
     A coroa mural que o sobrepõe, é o símbolo universal dos brasões de domínio que, sendo de prata, de oito torres, das quais apenas cinco são visíveis em perspectiva no desenho, classifica a cidade de segunda grandeza, ou seja, sede de Comarca.  
     A cor azul do campo do escudo é o símbolo heráldico da justiça, nobreza, perseverança, zelo, lealdade, formosura e recreação. Em abismo (centro ou coração do escudo), o cavalo de prata, armado e blindado de vermelho, vem a se constituir no timbre da Casa de Vimieiros, por ser a Condessa desse título, dona Mariana de Souza Guerra, neta de Martin Afonso de Souza, que instituiu a mesma vila em sede da donatária de 100 (cem) léguas da costa.  
     Na parte superior do escudo e ponto de honra do mesmo, a crescente e a flor de lis em prata, representam o símbolo da padroeira, Nossa Senhora da Conceição, e que evoca o primitivo da vila Conceição de Itanhaém.  
     A cor do metal prata simboliza a heráldica: paz, trabalho, amizade, audácia e coragem. Nos ornamentos exteriores, a haste do fumo e o galho do café fortificados são atribuídos às armas do Império do Brasil, homenagem prestada por Itanhaém aos vultos eminentes da Independência.  
     Na fita vermelha, em letras prateadas, a divina “Angulus Ridet” que significa “recanto risonho”, “local aprazível” ou “ponto escolhido”.  
O uso do brasão  é obrigatório em todas as repartições públicas municipais e em todas as classes de aula da rede municipal de ensino, através da Lei nº 1750 de 12 de junho de 1991.
     1.6- A Bandeira de Itanhaém     A bandeira de Itanhaém é esquartelada em cruz, sendo os quartéis de azul constituídos por quatro faixas brancas carregadas sobre faixas vermelhas.
     Elas ficam dispostas duas a duas no sentido horizontal e vertical, partindo dos vértices de um losango central onde está localizado o brasão municipal.
     O escudo clássico flamenco-ibérico, apelidado também de escudo português, lembra no brasão a herança recebida pela heráldica brasileira da nação colonizadora, principal formadora da nacionalidade.
     A coroa mural que o sobrepõe, é o símbolo universal dos brasões de domínio que, sendo de prata, de oito torres, das quais apenas cinco são visíveis em perspectiva no desenho, classifica a cidade de segunda grandeza, ou seja, sede de Comarca.
     A cor azul do campo do escudo é o símbolo heráldico da justiça, nobreza, perseverança, zelo, lealdade, formosura e recreação. Em abismo (centro ou coração do escudo), o cavalo de prata, armado e blindado de vermelho, vem a se constituir no timbre da Casa de Vimieiros, por ser a Condessa desse título, dona Mariana de Souza Guerra, neta de Martin Afonso de Souza, que instituiu a mesma vila em sede da donatária de 100 (cem) léguas da costa.  
     Na parte superior do escudo e ponto de honra do mesmo, a crescente e a flor de lis em prata, representam o símbolo da padroeira, Nossa Senhora da Conceição, e que evoca o primitivo da vila Conceição de Itanhaém.
     A cor do metal prata simboliza a heráldica: paz, trabalho, amizade, audácia e coragem. Nos ornamentos exteriores, a haste do fumo e o galho do café, fortificados são atribuídos às armas do Império do Brasil, homenagem prestada por Itanhaém aos vultos eminentes da Independência.
     Na fita vermelha, em letras prateadas, a divina “Angulus Ridet” que significa “recanto risonho”, “local aprazível” ou “ponto escolhido”.
1.7- Construções:  A Igreja de Itanhaém situada no alto do Morro
     Os eruditos jesuítas realmente tiveram segurança, como um dos fatores para a construção do pequeno templo, no alto do morro, mas não foi o principal motivo. Já naquela época, os jesuítas conheciam muito mais do que nós o sagrado simbolismo da montanha e, com certeza, escolheram aquele local, objetivando além da segurança, obter mais e melhores energias divinas para seus cultos e preces dirigidas ao céus.
     Vejam que, posteriormente, foi construída mais uma igreja próxima ao sopé do morro e dentro ou em volta dela, era costume enterrar os mortos.
     Todavia, a maioria dos religiosos que aqui trabalhavam, escolheram o antigo cemitério existente atrás da igreja do morro de Itaguassú, para serem enterrados.
     Sendo assim, é compreensível porque vários livros sobre Itanhaém dizem: 
     - Anchieta trabalhou em muitos locais no Brasil mas tinha um carinho especial por Itanhaém.
     - A Igreja de Itanhaém, situada no alto do morro, era antigamente um dos principais templos de peregrinação do Brasil, pois vinham romeiros de todas as Vilas do litoral, de São Paulo e de muitas cidades do interior e de outros Estados. Foi fundada em 1532.
     1.8- Igreja Matriz de Sant'ana     Em 1761 é  inaugurada a Igreja Matriz de Sant'ana, construção iniciada em 1639, em substituição à Igreja de Santa Luzia, localizada a apenas uma quadra da praia, destruída provavelmente por algumas das condições do solo arenoso ou ataque vindo do mar. Dentre as imagens, ainda hoje a Virgem de Anchieta, exemplar de rara beleza e valor histórico e artístico do barroco paulista. Durante essa época, declinam sobremaneira as atividades econômicas da região, com a descoberta do ouro na região das Gerais, afetando a todas as vilas do Litoral Sul Paulista profunda decadência, o abandono e a falta de recursos constituíram fatores constantes de ameaça ao seu patrimônio público. 
     A Matriz de Itanhaém, junto com a igreja e o Convento Franciscano, não escapam a essa situação geral. Os "camaristas" de Itanhaém reclamam do esquecimento de que é vítima a cidade e, vez ou outra, obtém pequenos auxílios que permite realizar consertos mais urgentes na igreja, como ocorreu nos anos 70 do século passado. Esta situação não se modifica até os primeiros decênios do século XX. 
     1.9- Construção da rampa do Convento     Em 1752 é  construída a rampa ou ladeira que dá acesso ao Convento, subindo o monte a partir da praça. O antigo acesso fazia-se por uma escadaria lateral, bastante íngreme e estreita, com 83 degraus distribuídos em patamares. Este parece ter-se conservado por algum tempo, pois quando o Convento decide construir casas para alojar seus escravos em 1783, as faz no terreno situado entre a antiga e a nova ladeira. Os restos da antiga escadaria ainda foram utilizados por um bom tempo, pois os restos que persistiram cobertos de mato pouco distantes da bica em que fica ao lado da bitola da Estrada de Ferro atestaram a penitência que muitos romeiros faziam subindo de joelhos. 
    1.10- A  Ideia da Fundação do Gabinete de Leitura     Isaías Cândido Soares, junto com João Batista do Espírito Santo, tiveram a ideia  da fundação do Gabinete. O Isaías era um amante da leitura e grande idealista para os padrões da época.
     Dessa foram eles espalharam a ideia entre seus amigos, visando fundar uma Associação Cultural, iniciando pela assinatura de um ou dois jornais.
     Nessa época, o Isaías se encontrou com Benedito Calixto, seu parente e amigo de infância que estava de passeio em Itanhaém, e expôs-lhe. De imediato Calixto esposou a ideia, sugerindo entre tanto que devia ser fundada uma associação com objetivos mais amplos, ou seja, além dos jornais, deveria ter livros, museu, biblioteca, teatro, conferências, e até aulas noturnas para o povo de Itanhaém.
     Calixto aconselhou-o a concretizar rapidamente a Associação Cultural a fim de aproveitar a presença em Itanhaém do eminente médico de Santos, Dr. Henrique da Cunha Moreira, que mais tarde foi eleito Deputado da Província de São Paulo.
     Muitas pessoas trabalharam com entusiasmo para a fundação, entretanto estas cinco pessoas foram fundamentais: 
- Isaías Candido Soares - o idealizador
- João Batista do Espírito Santo - o propagandista
- Benedito Calixto - o aperfeiçoador
- Narciso de Andrade - o incentivador
- João Mariano Soares - o incentivador.
A Reunião da Fundação
     Em 20-07-1888, houve a primeira reunião na casa de Manoel Antonio Ribeiro, onde no final, foi lavrada a ata de fundação da Associação Cultural, que recebeu o nome de Gabinete de Leitura.
     1.11- Uma estação de trêm em Itanhaém     A ESTAÇÃO: Inaugurada em 1913, a estação de Itanhaém foi uma das estações construída pela Southern São Paulo Railway. A quilometragem inicial era 57,687. Para ali passar a linha, a SSPR teve de passar pelo terreno onde ficava o cemitério da cidade - este ponto ficava onde hoje se localiza a bica de Itaguira. Em 1927 passou para o controle da Sorocabana, que fez para ela um novo prédio em 1956 (*RS-1956), hoje totalmente descaracterizado, principalmente a fachada de entrada. A ferrovia era, até o início dos anos 1950, praticamente o único caminho para Itanhaém: a alternativa era passar com os carros pela praia, vindo desde a Ponte Pênsil de São Vicente, cerca de 50 km para trás.
      Até pelo menos os anos 1960, funcionava um desvio (Desvio da Ponte, de uso público e pertencente à ferrovia, no km 243,955, quilometragem da época - a estação de Itanhaém era km 243,211, segundo o mesmo guia, portanto a apenas 744 m do início do desvio - segundo o Guia Oficial da E. F. Sorocabana no. 14, de 1953/54) que saía de antes da ponte sobre o rio Itanhaém, pouco além (sentido Juquiá) da estação de Itanhaém, para carregar vagões da EFS com bananas dos barcos que chegavam por esse rio até o Porto do Baixio, a uns 500 metros da linha. Vinham de fazendas bananeiras rio acima (como a fazenda Áurea) e que em grande parte tinham ferrovias internas com linhas Decauville. 
     Diz a lenda também que haveria ainda hoje uma locomotiva a vapor enterrada debaixo do lodo abaixo da ponte, caída ali depois de um acidente. "O ponto fraco da estrada de ferro era a ponte sobre o rio Itanhaém. Essa ponte que dava passagem unicamente para trens, para anos mais tarde os carros, media 130m de comprimento, tendo os dormentes descobertos e era de largura suficiente para dar passagem a apenas uma composição. De um dos lados da linha os dormentes se achavam protegidos por duas pranchas de 30 cm de largura que serviam para trânsito de pedestres em horário que não fossem de passagens de trens. 
     De um lado e de outro da Estrada de Ferro encontrava-se exclusivamente capoeira e pouquíssimas casas até a estação de Peruíbe; as habitações eram na maioria casas da "turma" dos operários da Sorocabana, uma ou outra cabana de pescadores caiçaras. De bitola estreita, os trilhos eram assentados sobre um leito de pedra (cascalho) e areia dispondo-se paralelamente à praia numa extensão de cerca de 90 quilômetros. Daí por diante, mudava completamente o terreno da Estrada, que se apoiava então em leito firme de terra ladeando em grande extensão enormes bananais." A estação era movimentadíssima. 
     Em 1972, já no período da decadência da linha, passavam ainda por ali pelo menos uns seis trens diariamente, e um deles era conhecido como "jotinha", que era um trem misto; o prédio ficava abarrotado de caixas de legumes... Em 27/10/99, em conversa com o dono do bar que ainda funciona na plataforma da estação, ele me disse que os trens de carga não estavam passando há meses, porque teria caído uma ponte em Biguá. A linha, entretanto, foi reformada pela Ferroban, e o tráfego de carga foi reaberto em outubro de 2000. Os trens de passageiros foram suspensos em dezembro de 1997, depois de passarem por ali por 84 anos. Os desvios da estação já foram retirados, os trilhos estão jogados à frente da plataforma. O armazém foi demolido.
     1.12- A Construção do Aeroporto de Itanhaém      Em 1952 o Dr. Nogueira, único médico do Posto de Saúde da cidade, apaixonado pela aviação, associou-se com o Paniquar e compraram um pequeno avião. Ora, onde tem avião, tem que haver um campo de aviação e, como não havia, eles subiam e desciam no terreno hoje ocupado pela larga avenida Condessa de Vimieiros. Como, já naquela época, o Dr. Nogueira e o Paniquar sabiam que não poderiam contar com o apoio e dinheiro dos Órgãos Públicos, para construção de nosso aeroporto, em vez de se lastimaram, passaram à ação.                                                                                                                  
     Pesquisando, descobriram um grande terreno situado ao lado do atual aeroporto, que pertencia à Guarda Noturna da Cidade de São Paulo, que posteriormente teve a denominação de Guarda Civil. Após várias reuniões, conseguiram a doação daquela área para o aeroporto. Não foi muito difícil, porque se tratava de um grande mangue. Quando foram por mãos a obra, notaram que aquele terreno não era apropriado. 
     Conseguiram um trator emprestado da empresa que estava construindo a Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, a qual fez as obras de aterramento, terminando assim o campo de aviação.Como pagamento, eles davam aula de pilotagem para os funcionários da empresa construtora.
     1.13- A Primeira Rádio de Itanhaém     Devemos ao grande pioneiro Mario Gimenez a fundação da primeira emissora de rádio de Itanhaém. Em 1960, quase sem recursos e apoio, ele levantou no mato, a torre da rádio, auxiliado por um caminhão do corpo de bombeiros.                                                                                                                                                                                                   
     Após isso, inaugurou a Rádio Anchieta com o prefixo ZR-250 em 1700 KHZ. Quanta dificuldade (e prejuízo) ocorreu no início, pois não havia patrocinadores e, para driblar a situação, o Gimenez pedia discos emprestados para tocar na rádio.                                                                                    
     Aliás, em Itanhaém, o progresso sempre foi conseguido mais por amor e dedicação pessoal de seus habitantes do que por investimentos e apoio dos Òrgãos Públicos.
     1.14- Contexto Político:  Políticos que participaram da história de Itanhaém:   Totó Mendes e o primeiro jornal de Itanhaém
     Nascido em 12 de fevereiro de 1890, filho do ex-vereador Antônio Mendes da Silva1 , Totó Mendes foi criado em Itanhaém, onde desenvolveu sua vida2 . Foi doutrinado pelos padres franciscanos do Convento3 , além de ser um dos itanhaenses favorecidos pela existência do Gabinete de Leitura de Itanhaém, que proporcionou a erradicação do Analfabetismo e o acesso básico à Cultura entre os munícipes no começo do Século XX4 .
 
     O pai, por sinal, foi um dos que apoiaram a criação do Gabinete educador5 . Esta educação deu-lhe uma formação humanista, sendo estudioso de Música, Literatura, Jornalismo e Astronomia, entre outras ciências, o que lhe tornou, quando adulto, tanto um líder da comunidade itanhaense, quanto em um visionário sobre o potencial turístico da cidade6 .
Foi uma pessoa profundamente religiosa, sendo católico romano, e tendo sido Compositor de Música Sacra em grande quantidade7 . Foi também músico instrumentista, com domínio de instrumento de sopro e corda, sendo sua especialidade o Órgão. Foi ainda professor de música, regente da banda musical da cidade8 .
     Idealizou e criou o primeiro Jornal de Itanhaém, o ‘’Correio do Litoral’’ que teve sua primeira edição em 2 de fevereiro de 1915. Esse jornal circulava, em princípio, duas vezes por semana, passando a ser semanal, após algum tempo, sendo impresso até data incerta, 1922 ou 1948. O jornal tinha uma linha editorial simples e popular, o que ajudou a popularizar Totó na comunidade.
Sua casa, um sobrado na ‘’Praça Narciso de Andrade’’ existe até hoje, e foi transformado em um centro comercial, o ‘’Páteo Totó Mendes’’.
     Em 1914, Antônio Mendes da Silva Junior concorreu a Vereador, sendo 1 dos 7 eleitos. Na época, a eleição pra a Prefeitura era indireta: a população elegia os membros da ‘’Câmara Municipal’’, e estes, entre si , elegiam o Prefeito, que não precisava necessariamente ser um deles. Assim, em 1916, o Legislativo municipal elegeu Totó Mendes, como Prefeito, aos 26 anos de idade, sendo o prefeito mais jovem da história do município.
     Em seu governo, a energia elétrica chegou a Itanhaém, ainda que de forma bem limitada, graças à instalação de um gerador em 1918. Fernando Arens Júnior foi o empresário contratado para instalar a rede e fornecer o serviço. Na noite de 31 de julho, pela primeira vez, houve iluminação artificial na Praça Narciso de Andrade.
     Em 1917, visitando a cidade por meio da Ferrovia, o empreendedor Joaquim Branco conheceu a cidade e suas belezas naturais, vendo um grande potencial turístico e empresarial. Procurou ao prefeito Totó Mendes, propondo a elaboração e implementação de um projeto de urbanização, organizando a cidade, uniformizando o traçado das ruas, batizando-as e os bairros, tudo objetivando proteger e valorizar monumentos históricos e naturais, ao mesmo tempo que prepararia a cidade para receber Turismo. O projeto incluía ainda a abertura de um escritório da Prefeitura de Itanhaém, na capital, São Paulo, destinado a divulgar a cidade, vender terrenos e viabilizar o município como Estância Balneária. A prefeitura não tinha dinheiro pra pagar a Joaquim por seus projetos, por isso, pagou-o com terras, as quais foram transformadas em um loteamento, batizado de ‘’Vila Suarão’’, o qual teve suas primeiras casa construídas em 1925.
     Totó Mendes encampou a idéia de transformar Itanhaém em uma Estância Turística. Crendo no progresso e crescimento que o Turismo traria à cidade, deixou traçadas, duas avenidas de grande porte, com 40 metros de largura cada uma, ligando a cidade à Mongaguá: eram os projetos da ‘’Avenida Rui Barbosa’’ e da ‘’Avenida Condessa de Vimieros’’. Tal projeto acabou não sendo seguido, as avenidas foram seccionadas por quarteirões, e nunca prolongadas até o município vizinho. Por décadas a única ligação rodoviária da cidade com o resto do estado seria através da areia da praia até São Vicente, sendo que uma ligação rodoviária estruturada com Mongaguá e a capital só surgiria em 1961, com a Rodovia Padre Manoel da Nóbrega.
     Seus projetos acabaram não sendo aceitos pelos demais políticos locais, impossibilitando sua realização, o que, por fim, deixou-o frustrado e inconformado, levando-o a renunciar em 9 de maio de 1924, tanto à Prefeitura quanto à vereança, após sucessivas reeleições desde 1916. Aposentou-se imediatamente da vida política, nunca mais concorrendo a nenhum cargo público eletivo. No entanto continuou participando ativamente da sociedade itanhaense, através de atividades religiosas, culturais, jornalísticas e trabalhando com Escrivão do Cartório de Registro Civil
     1.15- Família Harry Forssell e a inauguração do primeiro telefone público em Itanhaém     Em 1927 mudou-se para Itanhaém a família de Harry Forssell, a fim de cultivar bananas porque a terra daqui era ótima. Em 1930, sua mãe, Dona Luíza, fundou a primeira fábrica de produtos de banana de Itanhaém.                                                                                                            
     Em 1932, na Olímpiada de Los Angeles nos EUA, ele foi representar o Brasil na natação, porém, não conseguiu ganhar nenhuma das medalhas. Mas não importa, pois o que é admirável é que há mais de 60 anos, um habitante de Itanhaém teve o privilégio de representar o Brasil em uma Olimpíada.                                                                                          
     Harry Forssel foi o primeiro Prefeito de Itanhaém, no período de 1948 a 1952, logo após encerrado o longo período da ditadura de Getúlio Vargas.                                                              Conta ele como encontrou a prefeitura: havia 4 ou 5 funcionários, não tinha nenhum impresso, e de equipamento, recebeu um burro e uma carroça, "com os votos de boa administração da cidade".                                                                                                                            
     O cenário da cidade era esse: a energia elétrica era fornecida por gerador a diesel e só funcionava poucas horas por dia. Só atendia a área central e constantemente falhava, devido a quebra ou defeito no motor gerador. Como disse um velho morador da época: a luz emitida era equivalente a de um cigarro aceso preso no poste.                                                    
     A velha casa de cadeia naquela época, funcionava como verdadeira e única cadeia. A sorte é que naqueles tempos quase não havia marginais, e por isso, a cadeia vivia vazia.                         
     Não havia telefone na cidade, o que complicava muito a vida dos bananicultores da região, quando precisavam se comunicar com o porto de Santos sobre horários de chegadas e saídas de navios cargueiros. Devemos lembrar que Itanhaém era um dos maiores municípios exportadores de bananas do Brasil.                                                                                                         
     Para resolver o problema, a prefeitura abriu um picadão (estreito caminho no mato) de Itanhaém até Mongaguá, ao lado dos postes do telégrafo e foram instalados os fios telefônicos naqueles postes, o que viabilizou a inauguração do primeiro e único telefone público de Itanhaém, que se situava na esquina atrás da Igreja Matriz.                                         
     A inauguração se deu em 1949, através de uma ligação telefônica do então prefeito Harry com o Governador do Estado.                                                                                                                 
     Dessa forma, uma das primeiras providências da prefeitura foi construir o então Grupo Escolar Benedito Calixto, inaugurado em dezembro de 1951.                                                                       
     Em 1959 Harry Forsell foi eleito novamente prefeito para o período de 1960 A 64. Lembra-se que a posse dele e dos vereadores foi realizada no histórico Gabinete de Leitura, com uma sessão solene.
Capítulo II
2- Itanhaém Atualmente
     Itanhaém foi fundada em 22 de abril de 1532, sendo a segunda cidade mais antiga do Brasil, é atualmente um município, de grande importância histórica e cultural, oferecendo ao turista a possibilidade de conhecer diversos locais que remetem e retratam de forma fiel a sua história. Ita Haê significa: Bacia de pedra ou pelo Tupí Guarani: Pedra que canta.
     2.1- Características 
     Está localizado no Litoral Sul do Estado de São Paulo, na região metropolitana da Baixada Santista, exatamente na Mesorregião do Litoral Sul Paulista na Microrregião de Itanhaém.
     Os Limítrofes são: Juquitiba, Mongaguá, Pedro de Toledo, Peruíbe, São Paulo e São Vicente
     Distância de outras cidades: São Paulo (110 km); Mongaguá (20 km); Peruíbe (20 km); Cubatão (50 km); e Santos (60 km).
     Em Itanhaém temos ao todo 28.380 domicios ocupados e contamos com o crescimento populacional de 20,92% na última década, somando ao todo uma população de 87.053 pessoas, sendo 42.189 homens e 44.864 mulheres. Em Itanhaém são 0,94 homens para cada mulher e 1,06 mulheres para cada homem. Contando também com uma população rural de 815 pessoas e população urbana de 86.238 pessoas.          
     Crescimento populacional em Itanhaém: 20,92% (10 anos). População flutuante: 450.000 habitantes (durante a temporada de verão e feriados) 
     A área de Itanhaém de: 601,670 km2    
     A densidade: 145,33 hab/km²
     IDH: 0,779 médio.
     PIB: R$ 710 554,141 mil
     PIB per capita: R$ 8 264,47                                                                                                                                          
     O clima de Itanhaém é o subtropical úmido, sem meses secos, com verões quentes e invernos brandos, sendo o mês mais quente Janeiro, com uma média de 24°C e o mais frio é julho, com uma média de 17°C.                                                      
     A latitude é de 24 O 11' 08" sul e longitude 46 O 47' 15" oeste, coordenadas geodésicas norte 7324043,622 e sul 318410,391. O relevo é constituído por uma baixada aproximadamente 3 metros acima do nível do mar, com pequenos morros na faixa litorânea, como os de Sapucaitava ou Itaquanduva, Piraguyra, Itaguaçu, Púlpito de Anchieta e o Parnambuco, e com afloramento da Serra do Mar no interior do Município.    O Oceano Atlântico banha 26 quilômetros de praias, baías, pequenas enseadas e costões rochosos. 
     Destacam-se as ilhas fluviais como Ilha da Volta Deixada e Ilha do Bairro do Rio Acima, bem como as marítimas como Ilha das Cabras, Pedra Meia Praia, Pedra do Carioca e mais ao longo do oceano as ilhas Queimada Grande e Queimada Pequena, além das Lajes Pedro II e da Conceição. A rede fluvial é extensa e o rio Itanhaém é formado por uma grande quantidade de afluentes, onde destacam-se os rios Branco da Conceição, Preto e Aguapeú. 
     2.2- Fauna de Itanhaém -  Na Serra do Mar, bem como toda a área de Mata Atlântica existente no município de Itanhaém, as nascentes alimentam rios e cachoeiras; as cavernas e os penhascos contam histórias dos primeiros tempos da terra. Suportam o cenário que acolhe a vida entre incontáveis cores, sombras, formas e tamanhos.
     As árvores, flores, frutos e até minúsculas plantas completam o abrigo, a fonte primeira de alimentos e o berço de uma rica fauna que embora ameaçada persiste em desenhar a harmonia de cada momento da floresta.                                                                                                                              
     Os cientistas afirmam que neste ambiente encantador perto de um milhão e meio de espécies já foram classificadas até hoje. A história é semelhante a de tantas outras florestas do Planeta. Através da evolução, para sobreviver, os animais venceram incontáveis dificuldades e foram se adaptando aos diversos ambientes, virando especialistas nos seus domínios. Tendo os peixes como ancestrais, os anfíbios foram viver na terra, utilizando a água apenas para reprodução. Mais tarde surgiram os répteis, que já se sentem muito à vontade no chão.                                                                                                                                         
     Muito depois, apareceram as aves e os mamíferos, com grande poder de adaptação aos diferentes ambientes. A marca da evolução está refletida nas diversas formas, aspectos, hábitos e preferências dos animais e permite que vivam nos diferentes ambientes: aquático, terrestre, de transição, subterrâneo e aéreo. 
     Os peixes necessitam essencialmente da água para sobreviver. Sapos, algumas cobras e aves, como o mergulhão, o martim-pescador e os patos, utilizam-na para se alimentar ou para se reproduzir. Aí também passam a maior parte de seu tempo os jacarés e alguns quelônios, como os cágados que guardam até hoje suas características originais.
     2.3- Flora -   Há 350 milhões de anos, as primeiras grandes florestas começaram a dar o ar de sua graça, mostrando os primitivos parentes dos pinheiros e de vários tipos de samambaias assemelhadas a árvores. Ainda não existiam as plantas com flores e frutos, como as que vivem hoje nas florestas tropicais de todo o mundo. Elas só entraram na história do planeta no início do período Cretáceo, há mais de 100 milhões de anos. As primeiras representantes dessas florestas lembrariam as árvores da família das cascas-de-anta, das pindaíbas e araticuns, das virolas e das preciosas canelas, todas em abundância na Mata Atlântica.
     2.4- Mata Atlântica -   As Matas de Restinga do vale dos Rios Preto e Branco ainda se mantêm preservadas constituindo-se em importante maciço vegetal contínuo.
     No município de Itanhaém, um dos maiores detentores de Matas de Restinga da Baixada Santista, este ambiente está sendo progressivamente degradado pelo avanço das fronteiras de expansão urbana e, principalmente, pelas frequentes invasões de áreas resultantes do permanente afluxo de posseiros oriundos de outros pontos do nosso país.                                                                                                                      
     Na área delimitada para o Parque Ecológico de Itanhaém, este ambiente está ainda isento de ocupação significativa notando-se a ocorrência de sítio esparsos com baixos índices de desmatamento e uso agrícola. A maior área de expansão agrícola situa-se no vale do Rios Mambu Branco, a Noroeste do município, onde se estabeleceram fazendas de bananicultura, no auge da sua expansão (1940/50).                                                                                                                                                 
     Atualmente, esta cultura está em franco declínio, os bananais sendo abandonados em sua maioria e a mata tomando conta das áreas antes agrícolas, incrementada pela migração do campo para as cidades. Este fator, entre outros, vem reforçando ainda mais o potencial turístico de Itanhaém, possibilitando a preservação dos ambientes.  Para esta área, a Municipalidade pretende o estabelecimento de projetos alternativos de manejo agro pecuário sustentado como sejam, o cultivo de palmito pupunha, a criação de búfalos e a re piscicultura (criação de peixes de água doce em cultivo de arroz), possibilitando a subsistência da população caiçara e ou indígena ocupante.
     Na área de Matas de Restinga, a Municipalidade pretende a implantação e manutenção de viveiros naturais, áreas controladas de pesquisa de biodiversidade, atividades de Educação Ambiental com visitas monitoradas e trilhas ecológicas, projetos de agricultura sustentável a serem aplicados nos sítios e fazendas existentes e projetos de recuperação da Mata Ciliar do Rio Branco, grandemente devastado por desmonte de suas margens e assoreamento de seu leito, ação esta resultante da atuação descontrolada das areias estabelecidas no seu vale.
     2.5- Restinga -   As Matas de Restinga do vale dos Rios Preto e Branco ainda se mantêm preservadas constituindo-se em importante maciço vegetal contínuo. No município de Itanhaém, um dos maiores detentores de Matas de Restinga da Baixada Santista, este ambiente está sendo progressivamente degradado pelo avanço das fronteiras de expansão urbana e, principalmente, pelas frequentes invasões de áreas resultantes do permanente afluxo de posseiros oriundos de outros pontos do nosso país.                                                                                                                                 
     Na área delimitada para o Parque Ecológico de Itanhaém, este ambiente está ainda isento de ocupação significativa notando-se a ocorrência de sítio esparsos com baixos índices de desmatamento e uso agrícola. A maior área de expansão agrícola situa-se no vale do Rios Mambu Branco, a Noroeste do município, onde se estabeleceram fazendas de bananicultura, no auge da sua expansão (1940/50). 
     Atualmente, esta cultura está em franco declínio, os bananais sendo abandonados em sua maioria e a mata tomando conta das áreas antes agrícolas, incrementada pela migração do campo para as cidades. Este fator, entre outros, vem reforçando ainda mais o potencial turístico de Itanhaém, possibilitando a preservação dos ambientes.                                                                                                                                                                 
     Para esta área, a Municipalidade pretende o estabelecimento de projetos alternativos de manejo agro pecuário sustentado como sejam, o cultivo de palmito pupunha, a criação de búfalos e a re piscicultura (criação de peixes de água doce em cultivo de arroz), possibilitando a subsistência da população caiçara e ou indígena ocupante.
     Na área de Matas de Restinga, a Municipalidade pretende a implantação e manutenção de viveiros naturais, áreas controladas de pesquisa de biodiversidade, atividades de Educação Ambiental com visitas monitoradas e trilhas ecológicas, projetos de agricultura sustentável a serem aplicados nos sítios e fazendas existentes e projetos de recuperação da Mata Ciliar do Rio Branco, grandemente devastado por desmonte de suas margens e assoreamento de seu leito, ação esta resultante da atuação descontrolada das areias estabelecidas no seu vale. 
     2.6- Cultura, Musica popular de Itanhaém  
     Os irmãos ZWARG (Antonio Bruno, (Ernesto e Tino, ambos em memória) são os compositores de canções que se dirige muito a Itanhaém, como por exemplo: Itanhaém Magia, Itanhaém o que é que você tem?, e etc. Também sobre as cidades vizinhas como: Mongaguá, O Mar de São Vicente, Saudade Peruíbe, Saudade de Iguape, e outros. Maneva gravou uma música sobre Itanhaém, a letra fala de como as pessoas da praia são. E outros cantores.
     2.7- Economia de Itanhaém -  Itanhaém tem maior número de microempresas do Litoral Sul.
     Itanhaém conta com 2.169 microempresas inscritas no sistema Microempreendedor Individual (MEI), criado em 2008. O volume de estabelecimentos inscritos é o maior do Litoral Sul, superando as cidades vizinhas (Mongaguá e Peruíbe) e confirma uma tendência de crescimento para o setor.Itanhaém também lidera a criação de empregos formais, isto é, com carteira assinada, na Região Metropolitana da Baixada Santista neste primeiro trimestre de 2013. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados recentemente pelo Ministério do Trabalho e Emprego. No total, o saldo foi de 21 empregos mantidos na Cidade.
     Das nove cidades que compõem a região, apenas Itanhaém registrou um número de admissões maior do que o número de demissões no período. Mesmo com uma redução em relação ao saldo de janeiro (foram 165 empregos mantidos em janeiro contra os 21 postos elencados neste levantamento mais atual do trimestre), o índice comprova que a Cidade ainda consegue gerar e manter mais empregos ativos no mercado do que eliminar vagas.
     2.8- Criação de búfalos e agricultura ajudão no crescimento da economia de Itanhaém  -  A Cidade tem muitos atrativos além dos 26 quilômetros de praias, pois a agricultura também está presente no Município. Há diversas plantações de produtos variados em toda a área rural da Cidade, além da criação de búfalos.                                                                                                                   
A caminho da Micro bacia do Rio Branco, onde está concentrada a maior parte da agricultura, é possível se deparar com pés de banana e palmito, mas também há o plantio de maracujá, batata-doce, chuchu, berinjela, tomate-cereja, além da horticultura, como alface e couve.                                                                                                                                              
De acordo com Odil Cocozza Vasquez Junior, responsável pelo Departamento Municipal de Agricultura e Pesca, a agricultura mais presente em Itanhaém é a do palmito pupunha e banana. A Prefeitura incentiva muito esta área. “Nós buscamos na agricultura uma visão de mercado para que ela seja sustentável, pois as famílias podem plantar e depois ter para quem vender o produto. Isso contribui para a renda familiar deles”.
     
     Odil Junior se refere à Feira da Agricultura Familiar, que acontece todos os sábados no estacionamento do Paço Municipal, na qual os agricultores familiares vendem o que produzem. “A Feira serve como inserção social. Muitos restaurantes da Cidade compram a produção, auxiliando na elevação da economia do Município”.No caso do palmito pupunha, ele explica que o plantio foi uma alternativa à produção do juçara, pois este só pode ser extraído de sete em sete anos. “Ele hoje tira o espaço do juçara. O Departamento fez uma pesquisa e concluiu que 95% dos restaurantes de comida por quilo do Município só trabalham com o pupunha, porque ele é mais barato, além de contribuir com o meio ambiente”.                                                                                                                                                     
     Um dos agricultores desta área é Maximinio Gonçalves Jesus, que reside há 42 anos em Itanhaém. Ele começou há quatro anos, após várias outras tentativas de plantio de outros produtos. Hoje trabalha com mais quatro pessoas da família e tem uma área de 4,6 hectares. A plantação fornece 10 mil quilos do produto por ano.Sobre a distribuição, ele explica que vende na Feira do Agricultor e para a Prefeitura, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), uma parceria entre a Prefeitura e o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. No programa, o agricultor familiar recebe pelos produtos vendidos, os quais são distribuídos para famílias que estão em situação de insegurança alimentar, e entidades assistenciais, através do Banco de Alimentos existente no Município. Os produtos também são utilizados na merenda escolar.                                                                                 
     Para ele, quem tiver a intenção de iniciar na agricultura, o palmito é uma ótima dica. “Eu recomendo o cultivo porque é muito rentável. Vendo minha produção também para várias cidades. Tenho compradores do Guarujá e Mogi das Cruzes”.ANIMAIS – A criação de búfalos também está presente em Itanhaém. O engenheiro agrônomo Odil Vasquez, criador desde 1971, atualmente tem 100 animais que produzem leite, matéria-prima para a produção de queijos mussarela de búfala e ricota. “É um animal que se adapta muito bem ao clima da região”, explica.                                                                                                            
     De acordo com Vasquez, que tem 13 funcionários o auxiliando desde a administração da fazenda até a preparação dos derivados, por mês são fabricados aproximadamente 1.000 kg de queijo, que são vendidos para os supermercados do Município e também para a população que compra diretamente de sua produção.Para o criador, que também é presidente da Associação dos Produtores Rurais de Itanhaém, a ajuda da Prefeitura nos últimos anos contribuiu bastante para o crescimento da área agrícola na Cidade. “O Governo Municipal deu uma oportunidade para a agricultura aparecer. Como Itanhaém é uma cidade litorânea, antes não havia este espaço, não pensavam que a área rural também poderia ser aproveitada”.                                                                                                            
     Vasquez diz ainda que a ajuda também vem do Governo Federal. A associação já recebeu vários maquinários. O mais recente foi a entrega, em janeiro deste ano, de uma retroescavadeira.                                                                                                                                    
     Quanto à vida na Zona Rural, o criador diz que não há local melhor para se viver. “Moro em Santos, mas só vou para lá aos finais de semana. Fico aqui de segunda a sexta-feira. É uma qualidade de vida bem diferenciada, sem buzinas de carros ou sons da cidade, além de termos segurança. Morar aqui é um paraíso”, enfatiza.Para o prefeito João Carlos Forssell, a agricultura em Itanhaém mostra que o investimento da Prefeitura e a parceria com o Governo Federal estão dando resultados. “Hoje a nossa merenda escolar inclui itens que são produzidos aqui mesmo no Município. Isso já é uma prova de que incentivamos e ajudamos a produção rural. E a Feira aos sábados serve para auxiliar ainda mais na renda das famílias dos agricultores”.
     2.9- Turismo de Itanhaém Ilhas, Rios, Praias Praças, Igrejas e outros
     O Turismo de Itanhaém é bem recheado de histórias e é por isso Itanhaém tem um dos melhores hotéis, pousadas, chalés e colônias de férias.A cultura de Itanhaém é rica na questão do turismo, musica e religião
     2.10- Turismo Ecológico -    Com cerca de 600 km² de extensão, o município proporciona aos amantes do ecoturismo grande riqueza ambiental, visto que possui 300 km² preservados de Mata Atlântica, que integram o Parque Estadual da Serra do Mar, 50 cachoeiras e 14 praias balneáveis. Na área ecológica, trilhas são algumas opções, como a do Morro Sapucaitava, localizado na Praia dos Sonhos, que foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo ( CONDEPHAAT), considerado de utilidade pública desde 15 de março de 1962, é rico na flora e fauna da Mata Atlântica, tendo como destaque a peroba, a canela, o jequitibá, a aroeira, as samambaias, as bromélias e os caetés.
     Os animais mais encontrados são os lagartos teiú, caxinguelê e preá, além de sábias, beija-flores, corujas, gaivotas e tiés. O morro é apropriado ao passeio ecológico envolvendo crianças, já que é de fácil acesso, Já o Morro do Piraguyra, encontra-se mais distante da influência marítima, chamando atenção, principalmente por sua preservação e vegetação típica. O cuidado em preservá-lo, deve-se à sua localização central na cidade, e sua extensão com o mangue, possuindo ainda, um lago no alto do morro, formado pelas chuvas e por sua drenagem natural. 
     2.11- Morro Sapucaitava  -  Localizado próximo ao Iate Clube, no bairro Praia do Sonho, é um dos principais locais escolhidos para realização de trilhas ecológicas. No local, encontra-se vasta quantidade e diversidade da flora da Mata Atlântica sob direta influência marítima, além de uma fauna também bastante rica. Por ser uma área de fácil acesso e quase isenta de riscos naturais, as visitas ao local são apropriadas às crianças. No alto do morro foi construído um mirante rústico, para apreciação das praias formadoras do conjunto litorâneo itanhaense, que recebe o nome de Pedra do Espia.                                                                                                                                                                  
     O Morro do Sapucaitava foi declarado de utilidade pública em 15 de março de 1.962 e mantém-se em boas condições de preservação, sendo um dos passeios tradicionais da cultura itanhaense e de turistas, principalmente após a reforma da trilha, realizada em 2005, onde foram instalados corrimões e o mirante foi totalmente reformado. Este ambiente abrange a Pedra do Carioca, na Boca da Barra do Rio Itanhaém, e a Ilha das Cabras, que fica defronte à Praia dos Pescadores. 
     2.12- Morro Piraguyra -   Em um dos pontos mais altos, há o mirante, que possibilita uma bela visão do mangue e da Cidade. O Governo Municipal possui um projeto para estruturação da trilha, com corrimões e placas indicativas, além da realização de obras no mirante, que atualmente, encontra-se de forma rustica em meio a vegetação local. Ainda ao pé do Morro, o visitante pode encontrar a sede da Ong Ecosurfi, que desenvolve um trabalho de reflorestamento e limpeza do local, e que também, auxilia o turista quanto a informações sobre a trilha e a vegetação.
     Turismo Fluvial                                                                                                                 Rios
     2.13- Rios de Itanhaém            Amazônia Paulista -    Além de ter uma geografia privilegiada com dez praias e 300 quilômetros quadrados preservados de Mata Atlântica, Itanhaém possui outro fator que contribui ainda mais para sua valorização. Trata-se da bacia hidrográfica do rio Itanhaém, a segunda maior do Estado de São Paulo, com mais de dois mil quilômetros quadrados de extensão e 180 quilômetros de águas navegáveis. Tudo isso tem favorecido a prática do ecoturismo para os cerca de 400 mil turistas que começam a visitar a cidade também em busca de roteiros alternativos. 
     Além do Itanhaém, outros dois rios se destacam na região: o Preto, de coloração escura e o Branco, cristalino. O encontro de suas águas faz o município ser conhecido por Amazônia Paulista, uma homenagem à junção dos rios Negro e Solimões, com as mesmas características, para a formação do rio Amazonas. “O mesmo fenômeno, que ocorre no Norte do País, se repete por aqui. O Preto e o Branco caminham por cerca de 30 quilômetros até que se encontram para formar o rio Itanhaém. No entanto, eles não se misturam”, explica o vice-prefeito da cidade e especialista na hidrografia de Itanhaém, Ruy Santos. 
     O cenário predominante no local, típico de restinga e manguezais também lembra a Amazônia, assim como alguns animais silvestres, a exemplo do guará vermelho, ave que está em extinção.
     2.14- Rio Itanhaém  -   O Rio Itanhaém, após receber as águas do Rio Preto pelo lado direito e as águas do Rio Branco pelo lado esquerdo, tem uma extensão aproximada de 7 Km até sua foz, na cidade. Seus afluentes, a partir deste encontro até a foz.
     NAVEGABILIDADE DOS RIOS:  Antigamente, todos os rios que formam a bacia hidrográfica de Itanhaém, eram navegáveis até suas cabeceiras. Hoje, devido a deposição de sedimentos, sua navegação está restrita para embarcação de médio porte e o restante com embarcações pequenas, ainda podendo-se atingir lugares remotos. 
     PESCA:  No Rio Itanhaém ainda pode-se encontrar todas as espécies de água doce e até onde a água salgada atinge pode-se também encontrar espécies de água salgada. Dentre as variedades mais frequentes, podemos citar o Robalo (até 18 kg), Tainha, Parati, Caratinga, Bagre(cabeçudo até 12 kg), Pescada, Sargo, Mero e até pouco tempo atrás via-se a entrada de Botos (parente do Golfinho).
     2.15- Rio Branco -    O Rio Branco tem uma extensão aproximada de 30 km e com um desnível de 5 m até seu encontro com o Rio Preto, tendo suas nascentes na Serra do Mar, no vale do Rio Branco e correndo na parte inicial entre duas serras, como uma calha.                                                            Esta particularidade torna-o motivo de precaução em dias de chuvas, pela velocidade de suas águas e atura de seu nível. Segundo os mais velhos da cidade, em 1920 chegou no local hoje chamado Santa Clélia, 200 japoneses imigrantes para a agricultura e numa noite de enchente muitos pereceram, motivando o deslocamento dos restantes para a cidade de Registro.
     2.16- Rio Preto -   O Rio Preto tem uma extensão aproximada de 30 km e um desnível de 03 km até seu encontro com o Rio Branco. Situa-se do lado direito do Rio Itanhaém, recebendo este nome de Rio Preto, pela coloração de suas águas cujas origem são contravertidas.
     Em seu curso lento e calmo pela baixa velocidade oriunda das inúmeras curvas e meandros.
     Turismo Náutico 
     2.17- Ilhas Oceânicas -    Por possuir águas transparentes e azuis em todas as estações do ano, principalmente nas Ilhas da Queimada Pequena e da Queimada Grande, Itanhaém é considerada o sétimo melhor local para a prática deste esporte no Brasil, e uma das melhores do Litoral da região Sudeste, em mergulho de observação, na qual são proibidas a pesca e a caça submarina, bem como o desembarque nas ilhas, visto que são Parques Estaduais. A empresa Feitiço Baiano promove mergulhos em diversos lugares, como o Parcel Dom Pedro e Dos Reis, Da Conceição, Noite Escura e da Una, além de naufrágios. O preço varia de acordo com o lugar escolhido, sendo necessário agendamento de um dia de antecedência, com no mínimo 12 pessoas para cada passeio, tendo 12 horas de duração cada.
     A Queimada Grande, por exemplo, oferece várias concentrações para mergulho, com profundidades que variam de 8 a 35 metros. Existem em suas águas, dois naufrágios, Rio Negro e Tocantins, que integram bastante vida, podendo inclusive observar as caldeiras, as máquinas, eixo, proa em ótimas condições, casario de popa, hélice, partes do leme e correntes com duas enormes âncoras. No mesmo ponto da ilha pode-se encontrar "saco das bananas", um local muito admirado para os mergulhos noturnos devido a suas boas condições de abrigo e menores profundidades, onde se encontram interessantes formações rochosas que protegem muita vida nas suas reentrâncias. 
     2.18- Queimada Pequena -   PESCA PROIBIDA EM UM RAIO DE 1000M -    Possui formações rochosas cortadas ao meio por um canal de cerca de dez metros de largura por vinte metros de profundidade. Encontra-se grande variedade de peixes, muito coloridos.
     A Ilha Queimada Pequena é a ilha marítima mais próxima da costa litorânea em Itanhaém. Trata-se de uma ilha de pequeno porte, distante da costa continental 22km, onde pode-se visitar a nível de visitação e mergulhos de apreciação. Pode ser alcançada de barco comum tendo em média um tempo de uma hora e quarenta minutos de lanchas.
     Pode ser alcançada de barco comum tendo em média um tempo de uma hora e quarenta minutos de lanchas. Trata-se de formações rochosas cortadas ao meio por um canal de cerca de vinte metros. Encontra-se grande variedade de peixes, muito coloridos. Durante o trajeto de acesso à ilha, golfinhos e peixes-voadores oferecem espetáculo à parte.
     O platô que a compõe é formado unicamente por rochas, em uma parte, a menor, que é plana e a outra parte, a maior, íngreme e com vegetação natural que nasce entre os rochedos, típicas, da família dos ananás, babosa, etc. Do lado do rochedo íngreme, ao nascente, encontram-se grande quantidade de gaivotas que ali vivem e chocam seus ovos. O cume desta parte da ilha é totalmente encoberto por vegetação, sendo impossível o acesso pelo nascente.                                                                                                                                                    
     No platô plano, cujo nome é Laje da Noite Escura, não há quaisquer tipos de vegetações ou coberturas. É a parte em que mais se encontra ouriços do mar, oferecendo grande perigo para quem ali acessa. Na parte do nascente encontra-se grande quantidade de mariscos de ótimo tamanho, que crescem muito devido à dificuldade de acesso de predadores ou "catadores" de mariscos.                                                                                                                                                            
     Durante o trajeto de acesso à ilha, golfinhos e peixes-voadores oferecem espetáculo à parte.O platô que a compõe é formado unicamente por rochas, em uma parte, a menor, que é plana chamada da Laje da Noite        Escura e a outra parte, a maior, que é a própria Ilha Queimada Pequena, íngreme e com vegetação natural que nasce entre os rochedos.
     Distância da Costa: 22km 
     Profundidade média ao redor: 11m. 
     Rumo Magnético:195º
     Coordenadas:24º 22" 30' e 046° 49" 0' 
     2.19- Queimada Grande -   Está localizada a 35km da costa continental de Itanhaém, nas coordenadas 24° 29"e 45' e 046° 40"e 30', visível a 33N.M. (61km), Rumo Magnético 180° em 1997, tendo as dimensões de 1500 x 500m². A placa que existia na Ilha Queimada Grande alertando para as cobras venenosas, desapareceu. Foi arrancada pelo tempo. Mas para os pescadores da região o aviso era desnecessário. Todos sabem que a ilha não é um lugar receptivo e jamais desembarcam lá. São esses homens do mar os responsáveis pelo nome da ilha. Cientes do risco que corriam ao desembarcar em terra firme, eles ateavam fogo na mata costeira para afugentar as serpentes. A técnica deu origem à denominação Queimada Grande, mas foi incapaz de ameaçar o reinado da Jararaca-Ilhoa.                                                                                                                                                           
     O desembarque na Ilha Queimada Grande é proibido. Não há extensão de praia devido à pouca presença de areia ao redor da ilha. Possui duas elevações: a primeira mais plana onde se localiza um pequeno farol e a segunda constituída por uma elevação de 206 metros. Não há praias nem enseadas que possam facilitar o desembarque, que é feito nas plataformas rochosas, de grande quantidade de limo, o que torna ainda mais difícil. Tem uma superfície de 430.000 m², com uma topografia irregular. Sua vegetação é composta por árvores altas, formando maciço bosque. 
     
     Em seus rochedos formam-se grutas. Jamais uma reserva de Mata Atlântica teve protetores tão temidos quanto a Ilha Queimada Grande, que dista 36 km. da costa continental de Itanhaém. Lá não existe posto da Polícia Florestal, nem um plantão permanente de bravos ecologistas. Mas poucos se atreveriam a disputar o território com as 15 000 cobras - no mínimo - que povoam a ilha, quase todas serpentes da espécie Bothrops insularis , mais conhecida como jararacas ilhoas. São parentes das jararacas continentais, só que donas de um veneno de 12 a 20 vezes mais forte. A ilha é um paraíso com excesso de serpentes.                                                                                                                               
     O desenvolvimento dessa espécie se deu por causa do isolamento geográfico a que foi submetida desde a época da glaciação da Terra, há uns 10 000 anos. Quando as águas do degelo cobriram grandes extensões de terra, formaram-se várias ilhas, como essa. A maioria dos animais migrou para o continente. Os demais, impossibilitados de nadar, ficaram confinados, sobreviveram apenas aqueles que puderam se adaptar às condições da ilha.
     Presa numa ilha rochosa onde o alimento se resume a aves, a jararaca passou a subir em árvores, o que não é natural para as espécies do continente. Seu veneno tornou-se mais potente para garantir a morte imediata da presa que, se demorasse para morrer, poderia acabar no mar. A cor da pele da cobra tornou-se menos vistosa: ocre uniforme, que varia até um marrom claro, chamando pouca atenção.
     Povoadas de uma infinidade de animais marinhos (barracudas, peixes-frade, peixes-voadores, arraias, tartarugas),as águas do entorno da Ilha têm ótima visibilidade e uma atração extra: o naufrágio do Tocantins, um cargueiro de 110 metros de comprimento que se encontra quase na vertical. Há também o navio mercante Rio Negro, já aos destroços, um pouco afastado do local onde se encontra o Tocantins.
     Não é à toa que ninguém mais mora lá desde 1918, quando a marinha automatizou o farol da ilha. Até então, apesar da inexistência de água potável (os animais bebem apenas a água da chuva), havia sempre um faroleiro com sua família na Queimada Grande.
      
     Mas os sucessivos relatos de acidentes fatais com cobras inviabilizaram o farol manual e chamaram a atenção dos biólogos do Instituto Butantã, que intensificaram as viagens à ilha a partir de 1984, tendo a primeira pesquisa científica neste viveiro natural para o estudo desse estranho fenômeno biológico, se deu em 1914, mas somente em 1920 foi possível um estudo mais detalhado da espécie por Afrânio do Amaral, do Instituto Butantã. 
Distância da costa: 35km
Profundidade média: 14m 
Tipo de fundo: Pedras e areia a partir de 14m e destroços metálicos de navio 
Temperatura média (superfície) de 18° a 28°C                                                                              Visibilidade: até 20m 
Melhor época para mergulho: de novembro a julho 
Ventos predominantes: Este/Sudeste
     2.20- Ilha das Cabras -   Prolongamento continental situado entre a Praia dos Pescadores e Praia dos Sonhos, formado por rochas em toda a sua volta, com vegetação no topo do morro que media entre topo e sopé, vegetação formada por flora natural da região, adaptada ao crescimento entre rochas. Pequena ilha, cujo acesso é possível quando das marés baixas, onde se nota o prolongamento continental.
     Quando das altas marés, o acesso tem de ser feito por águas do mar, a pé, observando o horário de pico, quando se torna impossível a passagem devido a impetuosidade das ondas no local. Trata-se de um local onde a calma e pouca presença das pessoas permitem ao bucólico local, ser procurado pelas manhãs e tardes, bem como é possível fotografar belas vistas da ilha para o continente.
     
     No platô plano, cujo nome é Laje da Noite Escura, não há quaisquer tipos de vegetações ou coberturas. É a parte em que mais se encontra ouriços do mar, oferecendo grande perigo para quem ali acessa. Na parte do nascente encontra-se grande quantidade de mariscos de ótimo tamanho, que crescem muito devido à dificuldade de acesso de predadores ou "catadores" de mariscos.                                                                                                                                                              
     Durante o trajeto de acesso à ilha, golfinhos e peixes-voadores oferecem espetáculo à parte.O platô que a compõe é formado unicamente por rochas, em uma parte, a menor, que é plana chamada da Laje da Noite Escura e a outra parte, a maior, que é a própria Ilha Queimada Pequena, íngreme e com vegetação natural que nasce entre os rochedos. 
     2.21- Constuções atualmente:   Laje da Conceição -   Pequena ilha de formação rochosa, possui um farol de balizamento marítimo e seu acesso é difícil. As águas ao redor também são limpas e de grande profundidade. Em todas as ilhas estão proibidos o desembarque, para a preservação dos faróis, fauna e flora
     Localização: 24º18'00''S / 046º40'00'' W
     Distância: 18 Km de Itanhaém
     Rumo Magnético: 135º de Itanhaém 
     2.22- Museu Conceição de Itanhaém (Antiga Casa de Câmara e Cadeia) -    Construída em pleno período de colonização, na antiga Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, o espaço remete o passado do Município, funcionou como Cadeia até 1.964 e como Câmara de Vereadores até 1.971. Hoje, o local é considerado um Patrimônio Histórico e funciona como Posto de Informações Turísticas e recebe exposições de diversos estilos na área cultural. A entrada no local custa R$ 2,00 revertido para o Fundo Municipal de Cultura.
     Endereço: Praça Narciso de Andrade S/ Nº - Centro
     Horário de funcionamento: de terça à sexta das 9 às 17h, aos sábados e domingos das 11 às 17h.
     2.23- Igreja Matriz de Sant’Anna atualmente -   Importante patrimônio histórico e cultural, conta com altares de estilo barroco, exemplares importantes da arte sacra, e ainda um dos únicos quadros pintado pelo ilustre Benedicto Calixto nascido em Itanhaém.
     Endereço: Praça Narciso de Andrade S/Nº - Centro
     Horário de funcionamento: todos os dias das 9h às 20h exceto às quintas das 9h às 20h. 
     2.24- Convento Nossa Senhora da Conceição -   Em 1532, foi construída uma pequena ermida de "barro" tendo sua padroeira tida como milagrosa e venerada, e só em 1654 a fundação foi confirmada por Alvará em 23 de fevereiro.
     Localizado no alto do Morro do Itaguaçu, é possível ainda admirar, as mesmas características arquitetônicas da época do Brasil Colonial.
     Em 1532, foi construída uma pequena ermida de "barro" tendo sua padroeira tida como milagrosa e venerada, e só em 1654 a fundação foi confirmada por Alvará em 23 de fevereiro.                                                        Endereço: Morro do Itaguaçu - Centro Histórico 
     2.25- Casa do Olhar Benedito Calixto -   O espaço tem como finalidade incentivar atividades que fomentem as iniciativas em artes visuais. Situada no Centro Histórico de Itanhaém, no mesmo local onde no século XIX foi à residência de Benedicto Calixto de Jesus, reconhecido pintor nacional, possui espaço para exposição e oficinas, sempre com o objetivo de promover o desenvolvimento e o aprimoramento cultural da região.            Endereço: Praça Carlos Botelho, S/Nº - Centro
Horário de funcionamento: de segunda á sexta das 9h às 12h e das 14h às 17h. 
    2.26- Biblioteca Municipal “Poeta Paulo Bomfim” -   A Biblioteca Municipal Poeta Paulo Bomfim foi fundada em 14 de dezembro de 1964 e após várias mudanças, ganhou sede própria no dia 22 de abril de 1999, ocupando hoje o prédio onde funcionava anteriormente a Prefeitura Municipal de Itanhaém até 1997.
     Com uma frequência diária de aproximadamente 350 usuários por dia, a Biblioteca atua como colaboradora para a educação dos munícipes, oferecendo através de seu acervo, inicialmente por obras adquiridas através de doações de intelectuais brasileiros, entre eles o Patrono Poeta Paulo Bomfim, ostentando a privilegiada posição de ser a única da Cidade, prestando serviços a professores, alunos e pesquisadores, de livre acesso. O seu atendimento se estende a toda à comunidade.                                                                                                                                                          
     Durante a alta temporada o número de usuários aumenta em função dos veranistas na cidade.
     Endereço: Rua Cunha Moreira, 71 – Centro
Horário de funcionamento de segunda à sexta-feira das 8h às 17 h, e aos sábados, das 9h às 13 h.
     2.27- Gruta Nossa Senhora de Lourdes -   A Gruta Nossa Senhora de Lourdes foi construída por pessoas devotas à Santa, em 1970, tornando-se um dos locais mais procurados para a visitação. No local, todos os dias 11 de cada mês há celebração de missa em louvor a Nossa Senhora de Lourdes.  É também um recanto agradável para meditação, pois ao lado encontra-se a pequena enseada do costão rochoso da Praia dos Sonhos. 
     Durante o verão, podemos avistar tartarugas marinhas.
     Endereço: Rua Bahia, S/Nº - Praia dos Sonhos
     2.28- Cama de Anchieta -  Itanhaém integra 'Caminhos de Anchieta' com 25 km de peregrinação.
     Reduto de riqueza natural e histórica, Itanhaém, segunda cidade mais antiga do Brasil, integra o projeto metropolitano 'Caminhos de Anchieta, com um percurso de 25 quilômetros, que remete os participantes ao período de catequização dos índios no Litoral Paulista. Com duração de 6 horas e 30 minutos, o caminho revela o Centro Histórico, praias, aldeia e trilhas localizadas em meio à mata de restinga
     2.29- Aeroporto Estadual de Itanhaém -  O Aeroporto Estadual de Itanhaém – Dr. Antonio Ribeiro Nogueira Júnior - tem uma pista de pouso e decolagem de 1.350 metros por 30 metros de largura, superior a do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Seu terminal de passageiros opera com aviões de porte médio como Boeing 737400 com capacidade para 100 pessoas e Folcker 100. Conta ainda com check-in, locadora de veículos, estacionamento, pátio para aeronaves com 7 mil metros quadrados, seis hangares - com espaço para expansão de mais quatro -, via de taxiamento pavimentada e seção contra incêndio. A distância do aeroporto até o Centro da Cidade é de 3 km.
     2.30- Praças -  Praça Benedito Calixto
Praça Benedicto Calixto está localizada próxima à desembocadura do rio Itanhaém, um dos mais belos e calmos locais da cidade. A Praça foi recentemente reformada para abrigar artistas plásticos que expõem suas obras aos domingos à tarde. O monumento a Benedicto Calixto está localizado na praça do mesmo nome. Foi erigido em homenagem ao grande pintor itanhaense em 1949.
     2.31- Praça 22 de Abril  -  A Praça 22 de abril localiza-se na margem esquerda do rio Itanhaém. Do outro lado da margem está o Morro do Sapucaitava. Na foto, vemos o monumento do Lions Club e a cruz comemorativa dos 500 Anos da Primeira Missa no Brasil.
     2.32- Praça Carlos Botelho  -  Em algumas notações de jornais antigos (1948-Correio do Litoral-Setembro), cita um documento escrito por Benedito Calixto, sobre uma entrevista que o ilustre pintor fizera a uma escrava já muito idosa, em que ela confirma o local do pelourinho no então "Areal" (onde é hoje a Praça Carlos Botelho).
     2.33- Praça Narciso de Andrade -   A Praça Narciso de Andrade forma, junto com a pequena praça Carlos Botelho, o chamado "Centro Histórico", o mais antigo local da cidade, o que no século XVI era a paliçada, pequena fortaleza que protegia a vila de ataques de índios, piratas e franceses. Na praça estão os casarios mais antigos, o prédio da Casa de Câmara e Cadeia e a imponente Igreja Matriz de Sant'Ana.
     2.34- Praça Ângelo Guerra -   A Praça Ângelo Guerra localiza-se no Bairro Belas Artes, sendo sua praça principal. O local passou por recente urbanização. É dedicada ao político Ângelo Guerra, que viveu em Itanhaém.
     2.35- Praça da Bíblia -   A praça da Bíblia foi feita para os evangélicos do município. Foi inaugurada com uma cerimônia evangélica, com músicas, oração para mais de 500 pessoas. O local possui 1.750 m² e pode ser considerada uma praça de múltiplo uso, já que abriga além do Monumento da Bíblia, jardim, playground, palco para eventos, uma sala para reuniões – a ser utilizada como sede para encontros dos evangélicos - e um espelho d’água que também serve como piscina de batismo. A obra foi realizada pela Prefeitura Municipal.
     2.36- Praça do Pescado  -  Construída recentemente, a Praça do Pescado valorizou a Praia dos Pescadores ao substituir as barracas de peixe que ficavam na faixa de areia da praia e acabou se transformando em um novo ponto turístico da Cidade. O local conta com 30 boxes, que juntos somam cerca de 322 m², banheiros, além de sala administrativa, de reunião, e outra reservada para a máquina de gelo. Além de preservar o meio ambiente com a redução de lixo produzido na areia e acabar com problemas ligados à maré, a eliminação das barracas trouxeram mais segurança aos pescadores
     2.37- Praça Nossa Senhora do Sion -   Em 1917, Joaquim Branco visitara, pela primeira vez, o vilarejo de Itanhaém. Entusiasmou-se pela sua paisagem, clima e motivos históricos, entusiasmo que o motivou e alimentou até o final de sua vida, em 1945. Empreendedor e visionário, propôs logo em seguida, ao prefeito, Antonio Mendes da Silva Junior, a realização de um projeto urbanístico, uniformizando o traçado da cidade, dando nomes às ruas, protegendo e valorizando os monumentos históricos. Logo em seguida, pensou-se na construção de uma Igreja na área que o Círculo Social do Ipiranga já possuía e a grande área em frente seria então a Praça, onde hoje está localizada. No local, há também nos finais de semana e feriados prolongados uma feira de artesanato que acontece sempre a partir das 14 horas.
     2.38- Praça do Trabalhador -   A Praça do Trabalhador localiza-se na Vila São Paulo, reduto de antigos funcionários da FEPASA, de onde originou-se o nome de Vila Operária. Palco de manifestações do dia Primeiro de Maio, a praça passou por recente reurbanização, sem perder a tradição do povo local que a designou para ser a praça comemorativa do trabalhador itanhaense.
     2.39- Monumentos   - Monumento Padre Anchieta  -  A estátua de Anchieta não tem um lugar fixo na Praça Narciso de Andrade. Sujeito às diversas intervenções que cada Administração realiza na praça, a estátua teve seu local modificado em 1998. No projeto de reurbanização da praça a ser implantado, prevê também a mudança de local. Esculpido por Luiz Morrone, o mesmo autor do desenho do brasão do Estado de São Paulo, em 1956.
2.40- Monumento Mulheres de Areia  -   A obra original, em pedra, foi substituída por uma outra, em fibra. Esculpida por Serafim Gonzalez, ator que participou da primeira versão da novela transmitida pela extinta TV Tupi de São Paulo, o monumento é um marco das gravações da novela na cidade. Localizado na Praia dos Pescadores, é uma das obras mais visitadas por turistas.
2.41Monumento Martim Afonso de Souza  -  O Brasil foi dividido em capitanias pelo Rei Dom João III, um total de 15 capitanias, divididas para 12 donatários, Martin Afonso de Souza que era um nobre e militar Português descendente por linha bastarda do rei Afonso III ficou com a capitania de São Vicente.
     Foi Martin Afonso que determinou o local no qual se deu inicio a vila de Itanhaém(Aldeia Nossa Senhora da Conceição).                                                                                                                                        Martin Afonso iniciou sua vida de homem de mar no ano de 1531 a serviço de Portugal na armada que o rei mandou ao Brasil.
     2.42- Praias 
     Itanhaém conta ainda com diversas praias, que são o cartão de visitas da Cidade, sendo no total catorze, em cerca de 26 quilômetros, conhecidas principalmente por suas belezas naturais. Entre as mais populares estão as Praias dos Sonhos, do Cibratel e dos Pescadores, onde o fluxo turístico é intenso, principalmente, por suas ótimas balneabilidades durante o ano inteiro, onde os turistas podem realizar diversas práticas esportivas. Nos fins de temporada e feriados, o Governo Municipal promove diversos eventos, como shows, esportes, aulas de dança, de ginástica e muito mais, tendo como objetivo agitar o público presente. 
     2.43- Praião (Praia de Itanhaém)   -  Com cerca de 11,5km de extensão, a Praia de Itanhaém compreende o trecho da Boca da Barra do Rio Itanhaém até a divisa com o município de Mongaguá. No entanto, em todo este percurso é possível encontrar vários nomes que foram dados pela população, associando a praia aos loteamentos.                                                                                                 
     Desta forma, encontramos nomes como Praia de Suarão, Praia do Verde-Mar, do Cibratel e Praia do Satélite, onde é possível encontrar remanescentes de dunas. Totalmente balneável, a Praia de Itanhaém é também um atrativo turístico por sua estrutura que oferece quiosques e dispõe de guarda-vidas durante todo o ano. Além disso, na região central da Cidade, o mar se encontra com rio Itanhaém e promove um espetáculo à parte, que serviram de inspiração a grandes artistas como o itanhaense Benedicto Calixto de Jesus (1853-1923), Alfredo Volpi, Emídio de Souza, Bernardino de Souza Pereira, Anita Malfatti, dentre outros.      No entanto, é importante lembrar que, devido às fortes correntes provocadas pela força das águas fluviais dentro das águas do mar, o trecho oferece riscos aos banhistas, como informam as placas colocadas no local. 
     2.44- Praia do Tombo (Boca da Barra)  -   O ponto de encontro entre a praia e o rio Itanhaém é a Praia do Tombo. Durante todo o ano é possível observar a alteração do relevo neste local, ora com grande quantidade de areia, ora com a força da maré indo de encontro ao degrau formado justamente pela retirada da areia pelas próprias correntes marítimas.                                                                                                                
     Embora imprópria para banho, é um local que durante o verão tem extensa faixa de areia, onde é possível praticar esportes, pescar, relaxar, tomar sol. É um dos locais mais tranqüilos para passeios, onde pode-se apreciar o por do sol por sobre o Morro do Piragüyra. O nome lhe foi dado popularmente devido justamente ao "degrau" que se forma durante a influência das marés sobre a orla desse trecho de praia e margem esquerda do rio. Conhecido também como "prainha do rio", o trecho muito frequentado por banhistas, durante o verão, é na verdade a margem esquerda do Rio Itanhaém, que, durante as baixas da maré, pode ser aproveitada como um espaço de lazer por munícipes e turistas.
     Mas, ao visitar o local, é sempre bom ficar atento às correntes fluviais, que retornam conforme a cheia da maré. Em alguns momentos é possível observar o encontro das águas do mar avançando as águas escuras do Rio Itanhaém, e promovendo, assim, um belíssimo espetáculo.
     2.45- Praia da Saudade  -   Seu nome está ligado à bucolidade do local, deserto e sossegado, por onde se caminha para atingir o cume do morro que forma, o Sapucaitava, de onde pode se obter lindíssimos visuais em seu cume. Caminhando pelo costão, acessa-se à Praia dos Pescadores.
     A Praia da Saudade é localizada aos pés do Morro do Sapucaitava, e é acessada através da trilha, com entrada pela Rua Sebastião das Dores. A praia, na verdade, é o leito do rio aos pés do morro, e é protegida pelas formações rochosas como a Pedra do Carioca e o costão do morro que leva até o seu lado sul, atingindo a Praia dos Pescadores.Os pescadores amadores ficam muito tempo nesta praia e na Pedra do Carioca, é um local muito bucólico. É comum observar bandos de gaivotas tomando sol pela manhã ou à tarde. 
     2.46- Praia dos Pescadores  -   A Prainha tornou-se Praia dos Pescadores. É um dos locais mais divulgados da cidade, pois tem seu panorama ligado à telenovela "Mulheres de Areia", em sua primeira versão, transmitida pela extinta TV Tupi de São Paulo, durante os anos de 1974-75. O evento valeu ao local um monumento, esculpido por Serafim Gonzalez, em fibra, colocado em frente à Ilha das Cabras.
     A praia tem cerca de 600 metros de extensão e é muito frequentada por surfistas, é neste pequeno trecho de mar entre o costão rochoso do Morro do Sapucaitava e a Ilha das Cabras que se verifica as melhores ondas para o surf, em meio a barcos de pescadores que a todo o momento entram e saem do mar em busca de peixes para comercialização nas barracas da praia. 
     Nesta praia localiza-se uma pequena elevação chamada púlpito de Anchieta, hoje ocupado por residências, mas tradicionalmente tem sua imagem ligada à figura de José de Anchieta, pois conta-se que o beato ali subia para apaziguar e catequizar os indígenas tupiniquins que habitavam a região compreendida entre o Japuí (hoje, São Vicente) e a região de Itariri. 
     2.47- Praia do Sonho   -  A Praia do Sonho tem cerca de 800 metros de extensão e seu nome antigamente era Praia do Meio. Com o advento do loteamento defronte à praia, foi denominada Praia de Sonho.   A empresa loteadora não poupou nem mesmo a História, citando em seu caderno promocional que suas areias haviam sido pisadas por Martim Afonso de Sousa, e uma infinidade de fatos fictícios ligados ao Padre José de Anchieta, dando a ele o «Morrete do Púlpito de Anchieta». Fatos históricos (ou não) à parte, trata-se de uma bela praia. 
     2.48- Praia das Conchas  -   Não se trata de uma praia propriamente dita, mas uma outra pequena enseada quase aos pés do morro de Paranambuco e o costão da Praia dos Sonhos, após a Cama de Anchieta. Nesta praia, encontra-se a gruta Nossa Senhora de Lourdes, local de peregrinação religiosa. Em 1996 e 1997, verificou-se a presença de grandes tartarugas marinhas, que a caminho de algum local, aportam ali para comida e descanso. 
     2.49- Praia do Suarão   -  A Praia do Suarão está localizada no bairro do mesmo nome, trecho assim denominado da Praia de Itanhaém. O bairro do Suarão é um dos mais antigos da cidade. Em 1917, Joaquim Branco visitara, pela primeira vez, o vilarejo de Itanhaém.
     Entusiasmou-se pela sua paisagem, clima e motivos históricos, entusiasmo que o motivou e alimentou até o final de sua vida, em 1945. Empreendedor e visionário, propôs logo em seguida, ao Prefeito da cidade, Antonio Mendes da Silva Junior (Totó Mendes), a realização de um projeto urbanístico, uniformizando o traçado da cidade, dando nomes às ruas, protegendo e valorizando os monumentos históricos.
     O projeto incluía a abertura de um escritório da Prefeitura em São Paulo, destinado a divulgar e vender terrenos, tendo em vista o desenvolvimento da Estância Balneária. 
     O município - que não dispunha de dinheiro - pagaria seus trabalhos com terras. Terras essas que vieram a constituir o loteamento a que deu o nome de "Vila Suarão". Por volta de 1925, iniciou-se a construção das primeiras casas: a do Coronel (à rua Itaguaçaba, onde ainda existe), a de Francisco E. do Amaral (que mais tarde passou a pertencer também à família do Coronel) e a do Dr. Peixe Abade, juiz da cidade de Leme, que adquiriu um dos terrenos, junto à praia. Pedro Magalhães construiu um hotel, o aprazível "Hotel, Suarão", em frente à estação ferroviária, o qual hoje está transformado em Colônia de Férias.                                                                                        
     O nome Suarão era a denominação que os nativos davam à região e que o Coronel resolveu preservar. Segundo uma versão, esse nome vem das raízes tupíaçu, que era o nome que se dava a um animal de grande porte, fosse onça, veado ou outro... e o radical onomatopaico aron, com o significado de "ronco", "rugido". Seria pois o "lugar onde o bicho ronca" e Joaquim Branco supunha tratar-se de catetos, ou porcos-do-mato, que eram muito abundantes na região, até há pouco tempo.                                                                                                                                        
     A associação ao calor característico do verão, originou, porém, várias brincadeiras com o nome, como se se tratasse de um "suador" superlativo, proporcionado pelo sol de dezembro... Em 1946 iniciou-se um novo surto de investimentos: surgiu o Círculo Operário do Ipiranga, com a construção da igreja local, a compra do antigo hotel e dos terrenos remanescentes, o estabelecimento de um pequeno centro comercial, inclusive com um cinema. Depois, vieram a rodovia e a luz elétrica... Não há nenhuma placa com seu nome nas ruas de Itanhaém ou mesmo de Suarão, pois o Coronel não valorizava tais veleidades.
     2.50- Praia do Cibratel  -   É denominada Praia do Cibratel, a porção da Praia de Peruíbe, no trecho compreendido no bairro que a defronta .Durante toda a extensão da Praia de Peruíbe no município de Itanhaém, popularmente a praia recebe o nome do loteamento em que está localizada a orla (Ex.: Praia do Cibratel, Praia das Gaivotas).                                                                                                                             
     Na região em que é denominada Praia do Cibratel (ou ainda, Praia da Enseada, devido à pequena enseada onde se localiza o Pocinho de Anchieta), encontra-se quiosques, hotel e bares com pequena infraestrutura. Durante todo o ano possui ótima balneabilidade.
     2.51- Praia do Gaivota -   A Praia do Gaivota vai desde a divisa com o bairro do Cibratel II até a divisa com o município de Peruíbe, mais precisamente no Rio Piaçaguera, regato que deságua no mar, neste bairro. Há também uma pequena ilha em sua orla, onde é possível ver aves marinhas. A praia tem infra estrutura, já recebeu melhorias do projeto de Urbanização da Orla da Praia. O número de turistas que preferem esse lindo bairro está cada dia mais aumentando, e com isso a urbanização vem crescendo cada vez mais.                                                                                                                            Vale a pena ir conhecer a beleza da Praia do Gaivota e suas belezas naturais.
     2.52- Atual Política de Itanhaém
     Prefeito de Itanhaém: Marco Aurélio Gomes dos Santos
     Vice prefeito de Itanhaém: José Roberto Pereira do Nascimento
Por:  TCC 2013 de Daniela Evilyn Angulo da E.E. Profº Miguel Reale